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ÁRVORES EM ÁREA URBANA. POR JOEMA CARVALHO. COLUNA SOBRE SUSTENTABILIDADE DO OBSERVATÓRIO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL – OCI

As árvores são instrumentos imprescindíveis para a qualidade de vida dentro das cidades. Trazem inúmeros benefícios no controle da poluição atmosférica, sonora e visual. Porém, se não forem obedecidos critérios técnicos na escolha da espécie, local de plantio e monitoramento do seu desenvolvimento, poderão gerar problemas graves dentro dos centros urbanos, comprometendo infraestrutura e construções e colocando em risco a vida de pessoas.

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NOVA COLUNISTA: Joema Carvalho – Sobre sustentabilidade

Trecho do texto da Joema Carvalho, diretora da Elo Soluções Sustentáveis, publicado no Observatório de Comunicação Institucional – OCI em 27/04/2020:

“Todo ser vivo utiliza recursos durante o seu ciclo de vida. O problema do humano é que, devido às suas habilidades, se expandiu demais. Como complemento de sua evolução falta incluir um padrão mais educado, saudável e refinado de vida consciente, que respeite as demais formas de vida, recursos e ciclos naturais”.

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Curso de elaboração de projetos no Festival HUB Escola de 2017 em Curitiba – PR. 2017

Links do evento: clique aqui.

Independe do meio social ou profissional, verifica-se uma carência grande de projetos efetivos. Falta comprometimento do proponente com o próprio objetivo proposto ou causa. Isto é verificado através da inexistência de correlação entre as etapas do desenvolvimento do projeto ou da sua mecânica.

Considerando uma grande maioria, o mesmo não inicia no começo e não termina no fim. O que se apresenta na introdução não se alinha a hipótese, aos objetivos, as estratégias de ação e a toda a sequência de desenvolvimento do mesmo.Verifica-se falta de noção entre o que se é proposto com o prazo de execução, por exemplo, pelo edital em específico.

Observando um determinado projeto ambiental, o mesmo previu 16 objetivos específicos, vai construir cinco viveiros em comunidades de diferentes municípios de uma mesma bacia hidrográfica. Através destes, irá produzir um milhão de mudas que serão plantadas com mão de obra de comunidade tradicional ou indígena, em um prazo de dois anos.

Onde irá adquirir as mudas? Considerou as leis trabalhistas, específicas da comunidade, relacionadas a criação de viveiros, coleta de sementes, transporte…? EPI? Autorizações ambientais? Comprovante de parcerias? Deslocamento? Dificuldade de acesso? Sazonalidade?

Conhece o perfil desta comunidade, estão de acordo com o projeto? Obviamente, observa-se que não é factível com a realidade. Projetos com este perfil são submetidos a editais e os proponentes não entendem os motivos pelos quais são foram contemplados.

Quando um projeto começa do começo, inicia-se pequeno e humilde.  As primeiras etapas serão um exercício de execução. Os erros inevitavelmente irão ocorrer, mas neste momento, poderão ser administrados e adequados a próxima etapa.

A segunda etapa, por partir da experiência da primeira etapa, poderá ser mais ousada, portanto, irá considerar uma meta maior que a primeira. Possivelmente e consequentemente, contará com maior número de parceiros. Toda a etapa deve ser registrada e considerar a porcentagem de atendimento em relação ao objetivo principal.

Dentro de um projeto ambiental sempre deve-se considerar o social. Hora, todos os danos ambientais são decorrentes de ações humanas. Portanto, a sociedade tem que ser educada, perceber que um dano ambiental irá afetar diretamente a ela mesma, caso contrário, o dano sempre continuará acontecendo. Conforme o Leonardo Boff coloca, mais do que qualquer coisa, as pessoas tem saber cuidar.

Considerando a atividade e complexidade do projeto irá precisar de vários profissionais específicos. Dependendo da situação, uma ação é quase que outro projeto dentro de um projeto. Por este motivo, tem-se a necessidade de um corpo técnico experiente e específico para cada área do projeto, desde o momento da sua elaboração até a sua execução.

Cita-se a importância da divulgação do projeto. Esta etapa tem que ser realizada de acordo com o perfil do mesmo e o seu público. Uma boa divulgação gera novos parceiros, garantindo a sustentabilidade do projeto. Desenvolver cartilhas para um público analfabeto não está alinhado e logicamente, não irá contribuir para a efetivação dos objetivos do mesmo. Por que não pensar em uma peça de teatro que irá trabalhar com todos os sentidos humanos? Irá fazer sentir, sonhar, ouvir e falar sobre o tema proposto.

O proponente de um projeto tem que ter claro as suas habilidades e ferramentas que dispõe, saber delegar e trabalhar com equipe multidisciplinar, respeitando a habilidade de todos os envolvidos. Ter a noção de que a situação problema está dentro de uma rede de situações e as mesmas devem ser consideradas. Por este motivo, deve-se trabalhar em parcerias, sem preconceitos e através de uma visão sistêmica. Há necessidade do apoio da comunidade, dos órgãos públicos, da academia, imprensa, e vários setores da sociedade envolvidos.

Um projeto efetivo nasce através de um sonho que com o tempo vai se ancorando na realização. Através de uma estratégia clara, simples, lógica, real e concreta. Precisa ter metas reais e alcançáveis considerar o que se pode ser feito através dos recursos que se dispõe, dentro de um período de tempo. Fazer o que se pode com as ferramentas que se dispõe.

Para isto, é necessário sonhar junto com parceiros que de alguma forma estão alinhados através de uma ideia. Deve-se, portanto, cultivá-la como uma semente e plantá-la no lugar certo e na estação favorável. Regar sempre e alimentá-la com persistência. Saldar os primeiros brotos e observar o seu desenvolvimento, até que se torne uma árvore frondosa gerando flores e frutos.

Um bom projeto cresce com quem idealizou, necessita de um tempo para crescer e maturar. Na hora certa, com boa gestão será articulado e irá gerar sincronicidades através de parceiros e ações de transformações, contribuindo para um mundo mais consciente e digno para todos.

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Bombeiro militar assume coordenação ambiental no Sul

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Descaso

A engenheira florestal Joema Carvalho avalia que a redução do número de chefes que realizam gestão de áreas protegidas, com o consequente acúmulo de demanda, significa descaso com a importância da conservação destas áreas, tornando-as ainda mais vulneráveis aos conflitos já existentes.

“Em eventuais substituições, estes cargos têm sido ocupados por pessoas que não são da área ambiental. A gestão das UCs deve ser desenvolvida com base em conhecimento técnico e científico por profissionais de ciências naturais. É realizada através de gestão integrada que considera o meio biológico, físico e socioeconômico, as fragilidades ambientais, os tipos diferentes de ecossistemas, entre outros fatores, dentro e na região de entorno destas áreas protegidas, o que implica em ações diferenciadas com base neste conjunto de informações”, avalia a engenheira florestal.   

Quanto à presença de militares em postos civis, ela não vê incompatibilidade, diante do tamanho do Brasil, mas ressalta o trabalho integrado e dentro do que as instituições militares prezam como missão.

“Estes cargos também têm sido ocupados pelo exército brasileiro. A sua presença em Unidades de Conservação é de extrema urgência e necessidade, considerando as grandes extensões destas áreas, legalmente instituídas para conservação e ou preservação. Mas desde que exerça a sua missão de ‘contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais’. Seria fundamental para o monitoramento de ocorrências de crimes ambientais dentro e no entorno de Unidades de Conservação, como incêndio, caça, pesca, desmatamento, agropecuária, mineração ilegais e grilagem”, acrescenta Joema Carvalho.

A reportagem entrou em contato com a coordenação regional do ICMBio no Sul mas não recebeu retorno até o fechamento desta reportagem. O Ministério do Meio Ambiente também não respondeu à solicitação sobre as mudanças nas coordenações e chefias do ICMBio.

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